SPAD A REBENTAR PELAS COSTURAS

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008




A primeira página do Diário de Notícias de hoje, dá-nos conta de que o abandono dos animais é cada vez mais frequente, na nossa cidade à beira mar plantada e um pouco por toda ilha.
"O número de animais abandonados na SPAD não pára de subir. Este mês ainda não terminou, mas já ganhou o estatuto de um dos piores de sempre."
Note-se que muitos dos animais são levados por turistas, que os recolhem das ruas e que não estão habituados a esta realidade cruel e estúpida. Sim, porque eles vivem em países desenvolvidos, com leis que protegem os animais e têm respeito pelos bichos... ao contrário de nós, que só nos desenvolvemos no egoísmo e na capacidade de olhar para o lado.
Ignorar é sempre mais fácil do que estender a mão, ajudar um animal jogado na rua por um ser insensível e ignorante!! É essa ignorância que os faz pensar que os animais não sentem, quem olhar bem para estas fotos, verá tristeza, a de não ter dono, de estar confinado a um pequeno espaço, de não ter carinho e atenção.
Mas afinal que raio de povo somos nós? Uma camada de falsos moralistas, um povo que se diz católico apostólico romano e muito praticante, afinal que aprendem nas igrejas? Talvez a matar porcos para espéctaculo. E Respeito pela vida?
Ou será que também se julgam seres superiores postos no mundo por Deus para governar e como tal sentem-se no direito de maltratar e abandonar aqueles jamais os abandonariam!!!!

Que tal dar uma à SAPD, com alimento, jornais velhos e cobertores? Podemos sempre minimizar o que a estupidez faz.

Gatinhas do Caniço Vão Ser Esterilizadas

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Finalmente as minhas protegidas vão ser esterilizadas, graças à associação P.A.T.A. que tem vindo a fazer um excelente trabalho ao castrar animais de rua, acredito ser esta a forma mais eficaz de reduzir o número de animais que vivem ao relento.
Gostaria de fazer aqui um apelo a todas as pessoas que possam e queiram colaborar com a P.A.T.A. tornando-se sócios, fazendo um donativo ou comprando os produtos disponíveis no site. (http://www.pata.pt/)
Basta imprimir uma ficha de inscrição,(http://www.pata.pt/conteudos/ficha-de-inscricao.doc) preencher e junto com o talão de comprovativo de pagamento enviar para: ASSOCIAÇÃO PATA, Apartado 36, 9136-909 Camacha
alguns dias depois recebe o cartão de sócio.

Jóia de Inscrição: -5€- menores de 18 anos.
15€- restantes sócios
Quota Anual: Menores de 18 anos e estudantes - quota anual simbólica: 3 €
Restantes sócios - 18 €


NIB: 0038 0246 05564418771 17

Qualquer donativo pode ser feito para este NIB
Uma pequena ajuda de cada um faz a grande diferença.

P.A.T.A. em Santa Cruz

sábado, 12 de janeiro de 2008

P.A.T.A. - Porque os Animais Também se Amam

A P.A.T.A. vai estar em Santa Cruz, na festa de Santo Amaro, do dia 12 a 15 de Janeiro, para mais uma angariação de fundos, destinado aos nossos amigos de quatro patas, passem por lá, façam umas comprinhas que o bichinhos agradecem. AJUDEM!

Crónica Revista DN

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Foto: Revista Diário de Notícias

Depois de tanta polémica nas Cartas do Leitor do Diário de Noticias, entre os amigos e inimigos dos animais, aqui está uma Crónica que vale a pena ler. Só quem tem gatos é que a entende por inteiro.


Os nossos donos

As pessoas, no que respeita a animais, dividem-se em dois grupos: as que gostam e as que não gostam. Entre umas e outras não há comunicação possível e, por isso, os amigos dos bichos acabam por conviver entre si, encontram-se durante os passeios aos cães e nas idas ao veterinário.
Nas salas de espera, as conversas são as mesmas das mães extremosas na fila para o pediatra porque os laços que ligam um ser humano a um gato ou a um cão são escravizantes. A vida, depois de se trazer uma cria peluda e amorosa para casa, muda tão drasticamente que o infeliz, apanhado na teia, até se esquece de como era livre.
Estou à vontade nesta questão, faço parte do grupo dos donos de animais e encaixo-me na perfeição nesta imagem de subjugado. Se me falta comida em casa, arranjo maneira de não ir ao supermercado, mas vou a correr comprar a areia e o 'paté' dos meus gatos. E, se não tenho cuidado, ocupo grande parte das minhas conversas a descrever as proezas dos dois felinos que vivem comigo. Sim, sim, a Marquesa é muito bonita, tem olhos verdes e é listada. E o Ming? De olhos azuis, siamês e possessivo? Lindas, as minhas panteras em miniatura. Por elas, alterei hábitos e não vou de férias sem arranjar quem lhes dê de comer e lhes faça mimos.
A casa encheu-se de pêlos, os sofás e os móveis já tiveram melhores dias e as cortinas são vítimas frequentes do entusiasmo dos gatos, mas eu não tenho dúvidas de que sou mais feliz agora. A verdade é que não me lembro bem de como era adormecer sem um novelo felpudo aos pés, nem como era acordar só com o despertador, sem contar com uns miados de fome. E também esqueci as tardes sossegadas em que ninguém se roçava nas minhas pernas a exigir atenção. Tudo isso pertence a um passado distante, quando era possível escrever um texto ao computador sem um vulto constante de rabo e orelhas a rondar o monitor.
Sou, como todos os donos de bichos, escrava dos meus animais de estimação e ainda agradeço. Agradeço o tempo que me ocupam, as preocupações que me dão e desculpo, com uma ligeireza que desconhecia, as tropelias, os casacos de lã roídos, os arranhões nas mãos e tudo o que possam fazer. Deve ser por isso que dizem que os cães e gatos fazem bem ao 'stress' e ajudam a baixar a tensão arterial. Até acredito. Nos últimos anos, acudi a caprichos e mudei o tom de voz apenas para não perturbar a paz dos meus gatos. E por tudo isto, do qual sou exemplo, julgo que andamos a ver mal as relações das pessoas com os animais. A começar, não somos nós os donos e os inteligentes, são eles. Foram eles que descobriram em nós, nos que gostam de bichos, um seguro de vida. Somos, ao mesmo tempo, fonte de alimento e carinho, as mães perfeitas que não os querem perder. E até inventamos utilidades que eles, os cães e os gatos, nem têm. Sejamos sinceros, não é para guardar a casa ou caçar ratos que os temos. É por causa do afecto e porque nós, sem afecto, não somos gente.
Marta Caires